
Entre poder dar a tua opinião em voz alta e um café com amigos, o 25 de abril lembra-nos que a liberdade não é garantida, é conquistada. E viver com liberdade é o princípio para encontrar o nosso ponto de equilíbrio.Hoje damos como garantidas coisas simples: dizer o que pensamos, definir a nossa trajetória, ouvir músicas que gostamos ou até escrever posts como este. Mas houve uma altura em que isto era impensável. E mesmo que já tenham passado 51 anos, a liberdade continua a ser uma escolha diária, nas palavras, gestos e nas decisões que tomamos.
No dia a dia, sentirmo-nos livres faz uma grande diferença para o nosso bem-estar. Quando temos espaço para sermos autênticos, demonstrar as nossas convicções, e seguir um caminho baseado nas nossas vontades e desejos, estamos a cuidar da nossa saúde mental e emocional. É aí que encontramos o nosso ponto de equilíbrio.
O 25 de abril não é só uma data para recordar o passado, mas também um convite para refletirmos sobre o presente e percebermos que a liberdade não é algo que se dá por garantido, aliás o mundo em que vivemos reflete exatamente isso, cada vez mais a extrema direita está a ganhar lugar na política e as guerras que existem são um exemplo perfeito para aquilo que foi vivido antes do feitos dos capitães de abril.
A liberdade não é apenas um direito conquistado, é também uma forma de cuidarmos de nós e do nosso equilíbrio emocional, ao escolhermos viver de acordo com aquilo que realmente importa. A liberdade não é um ponto final. É uma vírgula em movimento, uma construção diária onde todos temos um papel fundamental. Somos agentes de mudança sempre que escolhemos ouvir em vez de julgar, a igualdade em vez do privilégio, a memória em vez do esquecimento.
Este ano a celebração da liberdade tem um sabor agridoce: despedimo-nos de Celeste Caeiro, a querida “Senhora dos Cravos”, que partiu em novembro de 2024. Mais do que um símbolo, foi um rosto vivo da revolução, da resistência feita de flores e coragem. Deixou-nos o exemplo de quem acreditou, até ao fim, que a liberdade é uma herança que se cultiva com ternura e firmeza.
No Ponto de Equilíbrio acreditamos nisto:
Liberdade não é algo que nos deram — é algo que construímos juntos todos os dias. Está no que dizemos, no que calamos, no que partilhamos, no que recusamos. Está na forma como tratamos os outros. Está em nós. Tentemos lembrar-nos dela sempre que tomamos uma decisão quer para nós quer para os outros, porque não importa lembrar disso só no 25 de abril, é importante pensarmos nisto todos os dias, para não recuarmos 51 anos.

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